sábado, 15 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Ciclistas de Sinop treinando
Relação de Videos hospedados no Youtube.com
ciclismo Sinop-MT
http://www.youtube.com/watch?v=MVY0NouLoeY
http://www.youtube.com/watch?v=ip5euVzG0WA
ciclismo Sinop-MT
http://www.youtube.com/watch?v=MVY0NouLoeY
http://www.youtube.com/watch?v=ip5euVzG0WA
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Ciclistas de Sinop treinando
Video de alguns ciclistas de Sinop-MT durante o treino.
http://www.youtube.com/watch?v=MVY0NouLoeY
http://www.youtube.com/watch?v=MVY0NouLoeY
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Uso de bicicletas como meio de transporte.
Texto escrito por Claudio J Pereira (com o devido crédito)
VALE A PENA LER ATÉ O FIM, E REFLETIR SOBRE O ASSUNTO!
DESABAFO: USO DE BICICLETAS COMO TRANSPORTE
Estava assistindo o noticiário de um emissora de TV hoje, por volta das 13:30 h e vi uma reportagem sobre o uso de bicicletas como meio de transporte no Japão, especificamente, em Tóquio.
Tóquio é a cidade mais populosa do mundo com seus 32,5 milhões de habitantes numa área de pouco mais de 8 mil km². Achei interessante a citação de Tóquio, pois quando alguém cita alguma cidade européia, ou até paises, aqui no Brasil cita-se São Paulo como uma cidade do tamanho de um país europeu. E isso era uma desculpa (fato) que eu achava válida, pois controlar o que é menor é mais fácil. Todavia, São Paulo-SP, tem 8,5 mil km², um pouco maior que Tóquio, com população de aproximadamente 20 milhões de pessoas, pouco mais de 60% da população da cidade oriental.
Não há mais a desculpa de que SP é uma cidade muito grande e que por conta disso não se consegue tomar diretrizes em prol do ciclista (não só ciclistas, haja vista que usar meio de transporte não poluente faz bem pra todo mundo). O que falta em São Paulo, e também em todo o Brasil, é recomeçar. Nós começamos errados e continuamos errando, somos um país de mal educados e corruptos, aprendemos que é errado ser certo e temos vergonha quando não usamos o famigerado “jeitinho brasileiro” (expressão que me irrita).
O povo oriental é reconhecidamente mais educado (leia-se, honesto) que o brasileiro e por conta disso é fácil aplicar leis e regras. Lá não existem ciclovias, na verdade, eu sempre achei que o uso de ciclovias, ou ciclofaixas, é uma imposição à falta de educação de quem vai dirigir. Em Tóquio, as bicicletas não estão tomando o espaço dos carros, elas estão compartilhando e isso pela educação, tolerância, paciência e outros itens virtuosos do povo daquele país.
No Brasil, nunca vai pegar a ciclofaixa, pois eu conheço lugares, como em Salvador, onde a ciclofaixa é invadida por carros na tentativa de ultrapassagem. Isso aqui no Brasil, chama-se “ser esperto”, para mim – e provavelmente pelos japoneses –, chama-se “ser corrupto e ignorante”.
Não somos tolerantes e nem educados, não aceitamos o espaço do outro e nem a sua opinião. Como ateu, vejo o que acontece quando um teísta me pergunta a minha religião. Enquanto para mim a religião do outro não interfere no seu caráter e nem no tipo de pessoa que ela é, pare estes a minha descrença em Deus é pejorativo na minha constituição pessoal. Isso é falta de educação, é falta de inteligência e tolerância para com o seu semelhante.
Outro dia, vi o Zico comentando como foi difícil trabalhar com os japoneses, pois quando o árbitro mandava os jogadores ficarem a 9,15 m de distância da bola numa cobrança de falta, eles ficavam e sem se mexer, pois se mexer faz parte do jeitinho, da malícia e da esperteza corrupta que o Zico aprendeu. Já para aquele povo, isso era contra a regra, era ser mal educado, por isso eles custaram a “desaprender” como ser honestos e dentro da regra suja e maliciosa que se ensina aqui.
Assim, não será fácil instituir no Brasil atitudes corretas que dependam mais do seu povo que das autoridades. Talvez, quando a raça humana desaparecer e o Brasil for novamente povoado, e desta vez por seres superiores, isso aconteça.
Claudio J. Pereira (ciclista)
OBS: o texto foi escrito pelo autor acima citado, há algumas semanas atrás, mas a relevância desse assunto nunca deveria cair no esquecimento!
Autoridades, formadores de opinião, motoristas, motociclistas, ciclistas, todos deveriam ler!
VALE A PENA LER ATÉ O FIM, E REFLETIR SOBRE O ASSUNTO!
DESABAFO: USO DE BICICLETAS COMO TRANSPORTE
Estava assistindo o noticiário de um emissora de TV hoje, por volta das 13:30 h e vi uma reportagem sobre o uso de bicicletas como meio de transporte no Japão, especificamente, em Tóquio.
Tóquio é a cidade mais populosa do mundo com seus 32,5 milhões de habitantes numa área de pouco mais de 8 mil km². Achei interessante a citação de Tóquio, pois quando alguém cita alguma cidade européia, ou até paises, aqui no Brasil cita-se São Paulo como uma cidade do tamanho de um país europeu. E isso era uma desculpa (fato) que eu achava válida, pois controlar o que é menor é mais fácil. Todavia, São Paulo-SP, tem 8,5 mil km², um pouco maior que Tóquio, com população de aproximadamente 20 milhões de pessoas, pouco mais de 60% da população da cidade oriental.
Não há mais a desculpa de que SP é uma cidade muito grande e que por conta disso não se consegue tomar diretrizes em prol do ciclista (não só ciclistas, haja vista que usar meio de transporte não poluente faz bem pra todo mundo). O que falta em São Paulo, e também em todo o Brasil, é recomeçar. Nós começamos errados e continuamos errando, somos um país de mal educados e corruptos, aprendemos que é errado ser certo e temos vergonha quando não usamos o famigerado “jeitinho brasileiro” (expressão que me irrita).
O povo oriental é reconhecidamente mais educado (leia-se, honesto) que o brasileiro e por conta disso é fácil aplicar leis e regras. Lá não existem ciclovias, na verdade, eu sempre achei que o uso de ciclovias, ou ciclofaixas, é uma imposição à falta de educação de quem vai dirigir. Em Tóquio, as bicicletas não estão tomando o espaço dos carros, elas estão compartilhando e isso pela educação, tolerância, paciência e outros itens virtuosos do povo daquele país.
No Brasil, nunca vai pegar a ciclofaixa, pois eu conheço lugares, como em Salvador, onde a ciclofaixa é invadida por carros na tentativa de ultrapassagem. Isso aqui no Brasil, chama-se “ser esperto”, para mim – e provavelmente pelos japoneses –, chama-se “ser corrupto e ignorante”.
Não somos tolerantes e nem educados, não aceitamos o espaço do outro e nem a sua opinião. Como ateu, vejo o que acontece quando um teísta me pergunta a minha religião. Enquanto para mim a religião do outro não interfere no seu caráter e nem no tipo de pessoa que ela é, pare estes a minha descrença em Deus é pejorativo na minha constituição pessoal. Isso é falta de educação, é falta de inteligência e tolerância para com o seu semelhante.
Outro dia, vi o Zico comentando como foi difícil trabalhar com os japoneses, pois quando o árbitro mandava os jogadores ficarem a 9,15 m de distância da bola numa cobrança de falta, eles ficavam e sem se mexer, pois se mexer faz parte do jeitinho, da malícia e da esperteza corrupta que o Zico aprendeu. Já para aquele povo, isso era contra a regra, era ser mal educado, por isso eles custaram a “desaprender” como ser honestos e dentro da regra suja e maliciosa que se ensina aqui.
Assim, não será fácil instituir no Brasil atitudes corretas que dependam mais do seu povo que das autoridades. Talvez, quando a raça humana desaparecer e o Brasil for novamente povoado, e desta vez por seres superiores, isso aconteça.
Claudio J. Pereira (ciclista)
OBS: o texto foi escrito pelo autor acima citado, há algumas semanas atrás, mas a relevância desse assunto nunca deveria cair no esquecimento!
Autoridades, formadores de opinião, motoristas, motociclistas, ciclistas, todos deveriam ler!
sábado, 2 de janeiro de 2010
Falando sobre a cadência no ciclismo parte 2
Pesquisadores analisando dados coletados durante o Giro ditalia, Tour de France e LA Vuelta a Espanha de 1999, fizeram importantes observações a respeito da cadência de pedalada.
Estágios planos (com largada em massa)
cadência de 89 rpm (80-99 rpm)
velocidade de 44 km/h (38 a 51 km/h)
Estágio de Contra-relógio individual
cadência de 92 rpm (86-96 rpm)
velocidade de 47 km/h (44 a 50)
Estágios de montanha
cadência de 71 rpm (62-80 rpm)
velocidade de 17 km/h (12-15 km/h)
Para efeito de informação, os estágios planos, tiveram em média nesse ano, 188 quilômetros, os contra-relógios individuais 50 quilômetros, e as etapas montanhosas 180 quilômetros.
Quem se interessar, posso passar o artigo na integra, o mesmo, foi aceito e publicado em revista indexada, em dezembro de 2006.
Estágios planos (com largada em massa)
cadência de 89 rpm (80-99 rpm)
velocidade de 44 km/h (38 a 51 km/h)
Estágio de Contra-relógio individual
cadência de 92 rpm (86-96 rpm)
velocidade de 47 km/h (44 a 50)
Estágios de montanha
cadência de 71 rpm (62-80 rpm)
velocidade de 17 km/h (12-15 km/h)
Para efeito de informação, os estágios planos, tiveram em média nesse ano, 188 quilômetros, os contra-relógios individuais 50 quilômetros, e as etapas montanhosas 180 quilômetros.
Quem se interessar, posso passar o artigo na integra, o mesmo, foi aceito e publicado em revista indexada, em dezembro de 2006.
Falando sobre a cadência no ciclismo
Ao procurarmos informações provenientes de pesquisas científicas sobre o tão falado tema da cadência (número de rpm), no ciclismo, ficamos surpresos com o fato de que não existe consenso sobre qual a melhor cadência, pois um dos vários principios do treinamento desportivo, ressalta a INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA, ou seja, não existe nesse caso, um ciclista igual ao outro, o máximo que pode acontecer, é a coincidência de 2 atletas ou mais, possuírem características semelhantes, entretanto, sempre haverão ciclistas que escalarão melhor, outros que dominarão as provas de contra-relógio, e uns poucos que irão bem tanto em uma ou outras condições, sem esquecermos dos sprintistas, que ao final de provas duras, conseguem imprimir uma fenomenal velocidade nos últimos 300 metros de uma corrida.
Apesar de não existir tal consenso, felizmente existem valores médios, e ao contrário do que prega a famosa era LANCE ARMSTRONG, nem todos os atletas profissionais, pedalam com cadência tão elevada. Obviamente falando, um ciclista que utiliza-se de marchas mais leves, e possui maior facilidade em trabalhar com cadências acima de 100 rpm, na maior parte das vezes, desgasta-se menos em corridas que os que pedalam com marchas mais pesadas e cadências abaixo dos 100 rpm, MAS ISSO NÃO É REGRA, o que se vê aos montes, é sair pregando por aí, que andar "travado" estoura os joelhos e ligamentos de ciclistas. Se isso fosse verdade, 8 entre cada 10 triatletas teriam lesões de joelhos, pois os praticantes de Ironman 70.3 e do próprio Ironman, utilizam coroas de 54, 56 dentes, e catracas bem pesadas, na maior parte das vezes trabalhando abaixo dos 80-90 rpm, sem mencionar que os joelhos deles sofrem impacto por causa da última parte da prova (corrida a pé), portanto, deve-se ter muito cuidado ao considerar essa fala tão difundida da "perigosa baixa cadência no ciclismo"
continua...
Apesar de não existir tal consenso, felizmente existem valores médios, e ao contrário do que prega a famosa era LANCE ARMSTRONG, nem todos os atletas profissionais, pedalam com cadência tão elevada. Obviamente falando, um ciclista que utiliza-se de marchas mais leves, e possui maior facilidade em trabalhar com cadências acima de 100 rpm, na maior parte das vezes, desgasta-se menos em corridas que os que pedalam com marchas mais pesadas e cadências abaixo dos 100 rpm, MAS ISSO NÃO É REGRA, o que se vê aos montes, é sair pregando por aí, que andar "travado" estoura os joelhos e ligamentos de ciclistas. Se isso fosse verdade, 8 entre cada 10 triatletas teriam lesões de joelhos, pois os praticantes de Ironman 70.3 e do próprio Ironman, utilizam coroas de 54, 56 dentes, e catracas bem pesadas, na maior parte das vezes trabalhando abaixo dos 80-90 rpm, sem mencionar que os joelhos deles sofrem impacto por causa da última parte da prova (corrida a pé), portanto, deve-se ter muito cuidado ao considerar essa fala tão difundida da "perigosa baixa cadência no ciclismo"
continua...
Artigo sobre cadência no ciclismo
A Importância da Cadência no Ciclismo (texto transcrito na integra citando-se o autor ao final)
Para quem acompanha provas de ciclismo de estrada, observa-se que os ciclistas possuem diferentes ritmos de pedalada, ou cadência. Isto é ainda mais percebido durante etapas realizadas nas montanhas.
Mas o que representa a cadência ? Na realidade, ela reflete a eficiência mecânica de um ciclista, o que pode representar um custo energético baixo, sendo essencial para (principalmente) provas de longa duração.
Uma maior eficiência de pedalada elimina o problema de sobrecarga para os membros inferiores, evitando a perda desnecessária de energia e auxilia na proteção das fibras musculares, tendões e estruturas ligamentares.
Por exemplo, uma cadência de 90 rpm leva 34% menos de tempo que uma cadência de 60 rpm para completar um giro de 360°. Isso corresponde ao mesmo tempo que a musculatura envolvida durante a pedalada necessita para se contrair. A consequência é óbvia : sendo mais veloz a fase de contração muscular, o fluxo sanguíneo e o transporte de oxigênio aumentam devido à diminuição da pressão intramuscular, o que promove um fornecimento de energia maior.
Além disso, em termos de força, uma cadência maior exige muito menos potência muscular, o que diminui significativamente a sobrecarga nos músculos, tendões e ligamentos da região do quadril.
Uma cadência maior permite que se mantenha uma determinada potência sem que se aplique uma sobrecarga de força nos pedais. Por exemplo : para se gerar uma potência de 300 Watts, é necessário que o ciclista pedalando à uma cadência de 60 rpm aplique uma força relativa de quase 60 kg nos pedais ; mas se o mesmo ciclista aumenta sua cadência para 90 rpm, este consegue gerar os mesmos 300 Watts aplicando uma força relativa de 35 kg nos pedais (Coast & Welch, Eur. J. Appl. Physiol. 53 : 339-342, 1985).
A importância do treinamento de alta cadência também é de grande utilidade para a eliminação natural de algumas ineficiências mecânicas, pois pedalando de forma mais rápida, algumas dessas são exacerbadas, o que obriga ao corpo fazer pequenos ajustes naturais para eliminá-las, desde que não ocorram exageros na cadência (super-velocidade). Porém, esse tipo de treinamento requer tempo e suas adaptações surgem de forma lenta.
Estudos demonstram que uma cadência maior durante a pedalada é de extrema importância para ciclistas, mas é necessário que o atleta aprenda a pedalar comfortavelmente dessa forma e que encontre a relação de marchas mais adequada (no plano e nas subidas) para que possa tirar melhor proveito dessa técnica.
Rodrigo Milazzo Ribeiro, MSc.
CREF 003855 - G/RJ
Com os devidos créditos ao autor do texto.
Para quem acompanha provas de ciclismo de estrada, observa-se que os ciclistas possuem diferentes ritmos de pedalada, ou cadência. Isto é ainda mais percebido durante etapas realizadas nas montanhas.
Mas o que representa a cadência ? Na realidade, ela reflete a eficiência mecânica de um ciclista, o que pode representar um custo energético baixo, sendo essencial para (principalmente) provas de longa duração.
Uma maior eficiência de pedalada elimina o problema de sobrecarga para os membros inferiores, evitando a perda desnecessária de energia e auxilia na proteção das fibras musculares, tendões e estruturas ligamentares.
Por exemplo, uma cadência de 90 rpm leva 34% menos de tempo que uma cadência de 60 rpm para completar um giro de 360°. Isso corresponde ao mesmo tempo que a musculatura envolvida durante a pedalada necessita para se contrair. A consequência é óbvia : sendo mais veloz a fase de contração muscular, o fluxo sanguíneo e o transporte de oxigênio aumentam devido à diminuição da pressão intramuscular, o que promove um fornecimento de energia maior.
Além disso, em termos de força, uma cadência maior exige muito menos potência muscular, o que diminui significativamente a sobrecarga nos músculos, tendões e ligamentos da região do quadril.
Uma cadência maior permite que se mantenha uma determinada potência sem que se aplique uma sobrecarga de força nos pedais. Por exemplo : para se gerar uma potência de 300 Watts, é necessário que o ciclista pedalando à uma cadência de 60 rpm aplique uma força relativa de quase 60 kg nos pedais ; mas se o mesmo ciclista aumenta sua cadência para 90 rpm, este consegue gerar os mesmos 300 Watts aplicando uma força relativa de 35 kg nos pedais (Coast & Welch, Eur. J. Appl. Physiol. 53 : 339-342, 1985).
A importância do treinamento de alta cadência também é de grande utilidade para a eliminação natural de algumas ineficiências mecânicas, pois pedalando de forma mais rápida, algumas dessas são exacerbadas, o que obriga ao corpo fazer pequenos ajustes naturais para eliminá-las, desde que não ocorram exageros na cadência (super-velocidade). Porém, esse tipo de treinamento requer tempo e suas adaptações surgem de forma lenta.
Estudos demonstram que uma cadência maior durante a pedalada é de extrema importância para ciclistas, mas é necessário que o atleta aprenda a pedalar comfortavelmente dessa forma e que encontre a relação de marchas mais adequada (no plano e nas subidas) para que possa tirar melhor proveito dessa técnica.
Rodrigo Milazzo Ribeiro, MSc.
CREF 003855 - G/RJ
Com os devidos créditos ao autor do texto.
Assinar:
Postagens (Atom)